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Esporte em Palmeira dos Índios | Falta de estrutura física e má vontade do poder público municipal atrapalham o desenvolvimento de equipes e o trabalho de profissionais

As estruturas esportivas estão abandonadas, a exemplo do ginásio poliesportivo Enéas Simplício que atualmente está servindo como depósito

Publicada em 25/02/22 às 07:49h

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Esporte em Palmeira dos Índios | Falta de estrutura física e má vontade do poder público municipal atrapalham o desenvolvimento de equipes e o trabalho de profissionais
 (Foto: Web Rádio e TV Nacional)

O Esporte na cidade de Palmeira dos Índios sofre há anos com a falta de apoio do poder público. Além de não apoiar, em muitas situações, atrapalha. A depender de quem esteja à frente da equipe ou projeto esportivo, todas as portas são fechadas literalmente. As estruturas esportivas estão abandonadas, a exemplo do ginásio poliesportivo Enéas Simplício que atualmente está servindo como depósito. Recentemente, insumos agrícolas ocupavam as instalações do ginásio que é um dos mais bem estruturados do interior de Alagoas, mas devido ao abandono, hoje ao invés de receber grandes eventos esportivos e treinos de equipes, retrata o valor que é dado ao esporte em Palmeira.

Antes de servir como depósito, o ginásio estava sendo utilizado por um grupo seleto de pessoas, que por serem ligadas à secretaria de esportes, criada apenas para presentear um dos apoiadores do atual prefeito, utilizava livremente o ginásio até mesmo alugando para “rachas” prática ilegal por se tratar de um bem público. Outro fato que chama atenção é que a depender de quem organiza eventos esportivos na cidade, as portas estavam sempre abertas, sendo cedido livremente sem necessidade nem de um ofício solicitando a utilização. Em outras ocasiões, o ginásio estava “sempre ocupado”, inacessível. Já teve casos de o ginásio ser cedido a dois eventos na mesma data, não se sabe se por incompetência da secretaria de esportes em organizar uma agenda de utilização ou se para prejudicar eventos que chegaram a ser cancelados ou transferidos de local na última hora, quando a organização era comunicada de que não poderia utilizar o ginásio.

Há alguns anos o ginásio está com sua estrutura comprometida: banheiros quebrados, iluminação inadequada, muita sujeira, cobertura com muitas goteiras, várias delas causadas por, pasmem, uma pessoa que foi contratada para retirar os pombos do local, e utilizou uma “peteca” e chumbo para atingi-los, causando assim várias perfurações na cobertura do ginásio. Outro ponto que chama atenção é a péssima condição do piso irregular com muitas placas arrancadas e partes que foram mal colocadas em uma tentativa frustrada de reparo, o que trazia muitos riscos aos que ali conseguiam utilizar a praça esportiva.

Além do ginásio Poliesportivo Prefeito Enéas Simplício, vários ginásios construídos com o dinheiro do Governo Federal nas escolas também estão com a estrutura muito danificada.  A maioria dos ginásios das escolas municipais da zona urbana e rural estão com o piso completamente danificado e sem condições para as práticas esportivas. Outros com parte da cobertura danificada com telhas soltas que com a força do vento podem causar acidentes. 

Alguns desses ginásios nunca entraram em funcionamento, servindo apenas de palco para as pomposas inaugurações em que belas falas destacam o falso investimento no esporte e lazer da cidade. Um exemplo foi o ginásio construído para, em tese, beneficiar a comunidade do povoado Coruripe da Cal e ser utilizado pela escola Pedro Rodrigues Gaia. Na inauguração do ginásio, foi realizado um torneio de futsal feminino com equipes de algumas cidades próximas. Quando a luz natural não era mais suficiente para dar seguimento ao prélio, quando procurado o quadro de energia para ligar a iluminação do ginásio, a resposta foi: “Qual iluminação?” Só aí que perceberam que o ginásio foi inaugurado sem um refletor sequer. O caso mais recente foi a inauguração do ginásio de esportes na Vila João XXIII que tem junto à linha lateral da quadra, bancos de praça, sim, esses mesmos de concreto que são colocados nas praças públicas. Os bancos que sugerem o uso como bancos de reservas trazem riscos de acidentes graves aos que ali praticarem qualquer esporte caso venham a se chocar com a rígida estrutura que nem tem como ser afastada, até porque não há espaço suficiente nas laterais, e nem ser retirados pois estão fixados ao piso.

Esporte amador, mas coordenados por profissionais

Palmeira dos Índios conta com equipes que são comandadas por profissionais renomados e com trabalho reconhecido no estado e até mesmo de forma nacional. Porém, esses mesmos profissionais e equipes não tem vez dentro dos limites das terras Xucuru-Kariri.

 

A LIFS – Liga Independente de Futsal já conquistou sete títulos do Campeonato Alagoano, tendo chegado a várias finais e conquistado diversos outros títulos. A LIFS foi a única equipe de Palmeira dos Índios a participar de uma Taça Brasil de Futsal, maior competição promovida pela CBFS, reunindo os campeões estaduais de cada categoria. O trabalho exitoso da LIFS não está apenas nos números, mas também no tocante à transformação de vidas através do esporte. Além das equipes, a LIFS também organiza várias competições que reúnem equipes de diversas cidades alagoanas e de outros estados, promovendo e incentivando a prática do Futsal em Palmeira dos Índios. A LIFS desenvolve um trabalho excepcional com crianças e jovens, mas precisa recorrer a aluguel de ginásios e escolas da rede estadual para realizar seus treinos.

A LPHb – Liga Palmeirense de Handebol que organiza várias competições de Handebol na cidade desde a sua fundação em 2002, está atualmente com as suas atividades suspensas por não ter condições de abrigar os jogos das principais equipes de Alagoas e do Nordeste em Palmeira dos Índios. Uma das alternativas é alugar o ginásio de Esportes do Centro Educacional Cristo Redentor, porém, para uma competição de grande porte, são necessários pelo menos mais dois ginásios. A LPHb é uma das entidades que está na “lista negra” e não tem vez na cessão de espaços públicos municipais.

Com a criação do Instituto Nacional, a LPHb passou a se dedicar exclusivamente à promoção de eventos esportivos, enquanto o Nacional fica com a parte de iniciação esportiva e equipes de rendimento. O Nacional foi a primeira entidade do Interior de Alagoas a obter a Chancela de Polo Oficial do Mini-Handebol, programa da Confederação Brasileira de Handebol que reconhece e credencia as instituições e profissionais com trabalho reconhecido na iniciação esportiva. Além do Nacional, Alagoas conta com dois outros polos: Escola Monteiro Lobato (Maceió) e Colégio Diocesano Sagrada Família (Palmeira dos Índios). 

Com alunos a partir de cinco anos de idade em várias modalidades, o Nacional também precisa recorrer às escolas estaduais para poder realizar os treinos das equipes de rendimento e a iniciação esportiva. Quando a entidade solicita espaços públicos municipais para treinos, sempre recebe como resposta uma desculpa esfarrapada, ou é colocado um interlocutor para fingir que está articulando para ceder o espaço adequado, mas que na verdade está apenas sendo usado para ludibriar os solicitantes.  

Esses são apenas alguns exemplos de instituições que fazem um trabalho sério, profissional e honesto. Outras instituições sofrem com o mesmo problema, tanto da recusa da cessão de espaços para treinos, como também com a falta de incentivo, por menor que seja.

 

Política do Pão e circo

Hoje em Palmeira dos Índios, o único esporte que tem vez é o futebol. Seja com o repasse de milhares de reais mensais para o CSE, ou na organização pífia de campeonatos entre equipes amadores da zona urbana e rural. Muitas faixas, discursos inflamados de pessoas que se aproveitam do esporte para fins eleitoreiros ou financeiros, mas sem uma mínima estrutura dos locais, onde muitos campos não possuem sequer linhas demarcatórias. O porquê disso? Investir pouco e passar uma falsa sensação de investimento no esporte e depois comer e beber de graça às custas dos times. Seja no futebol profissional ou amador, a velha política do pão e circo, copiada da Roma antiga e seu ditador, colhe frutos eleitoreiros para uns e financeiros para outros.  Quantas coincidências!

Um investimento verdadeiro no esporte apoia instituições que realizam trabalho sério, profissional e honesto. As crianças, jovens e adultos deixam de colher os frutos que o esporte oferta porque aqueles que detém o poder negam o mínimo de estrutura necessária. Fazer esporte não é gasto, é investimento na qualidade de vida de uma população. O valor destinado ao CSE durante um mês seria suficiente para um ano de desenvolvimento de atividades esportivas que beneficiariam centenas de famílias, dando a oportunidade a todos aprenderem e praticar esportes, quem sabe revelando grandes talentos para o esporte.

Ginásio Poliesportivo prefeito Enéas Simplício abandonado pelo poder público Municipal


 


LIFS realiza treino em praça pública por conta da falta de espaços públicos disponíveis







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1 comentário


Roberio da silva lima

25/02/2022 - 08:57:53

Boa matéria, podendo até servir de material para denunciar junto ao ministério público. Inclusive sugiro uma reportagem sobras as obras inacabadas que não são poucas e o papel da população junto ao ministério público...


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