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Economia

Guerra na Ucrânia faz disparar preço do trigo, milho e óleos vegetais

Índice do Preço dos Alimentos da FAO chegou a 159.3 pontos em março, uma alta de 12,6% se comparado ao mesmo período de fevereiro, um outro mês de recorde desde a criação do Índice em 1990

Publicada em 08/04/22 às 12:45h

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Guerra na Ucrânia faz disparar preço do trigo, milho e óleos vegetais
 (Foto: FAO/Anatolii Stepanov)

Como já havia sido anunciado, a guerra na Ucrânia está criando uma disparada no preço dos alimentos. Em março, o conflito na região do Mar Negro causou uma alta recorde no valor dos cereais e dos óleos vegetais.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, divulgou nesta sexta-feira o Índice do Preço dos Alimentos com uma alta de 12,6% se comparado ao mês de fevereiro com a marca de 159.3 pontos. Essas são as maiores altas desde a criação do Índice em 1990.

Consequências e 2008

Juntas, Rússia e Ucrânia concentram quase 30% da exportação global de trigo e 80% das exportações de girassol. A Rússia é ainda o maior exportador de fertilizantes. A interrupção em ambos os países é sentida no sistema agroalimentar mundial.

A subida no preço da cesta básica em março foi de 33,6% se comparada ao mesmo mês do ano passado.

O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, alerta sobre as consequências da guerra para a segurança alimentar. Para ele, é preciso evitar uma crise dos alimentos semelhante a que ocorreu em 2008, quando segundo ele, foram aplicadas “medidas contraproducentes”.

Desastre natural

Qu lembrou que desta vez, a diferença não é um desastre natural com a seca de 14 anos atrás, e que é preciso garantir a estação de plantio.

A FAO sugere algumas medidas para conter novos choques de preço. Entre elas o apoio aos países mais vulneráveis e o uso eficiente de fertilizantes, planos de proteção social à medida, melhorias em medidas de biossegurança em países vizinhos da Ucrânia para minimizar riscos como a febre africana suína e outras doenças animais.

Carne, leite e óleo

A disparada em março foi registrada no trigo com 19,7% e no índice dos cereais de 17,1% puxadas pelo aumento dos grãos duros. A preocupação com as condições da colheita nos Estados Unidos também influiu no aumento, segundo a FAO.

A agência da ONU também citou que o preço do milho está registrando um aumento de 19,1% de mês a mês, ao longo da alta no preço do sorgo e da cevada.

Já o índice do açúcar subiu 6,7% desde fevereiro revertendo as baixas recentes. Nesse caso, o aumento do preço do petróleo puxou a subida juntamente com a valorização da moeda brasileira, o Real, e expectativas de safras melhores na Índia.

E na prateleira do óleo de soja, o aumento foi de 23,2% por causa das cotações maiores para a semente do óleo de girassol, da qual a Ucrânia é o maior exportador mundial. Os preços para o óleo de soja também causam preocupações devido à redução de exportações pela América do Sul.

A carne subiu 4,8% em março puxada pelo preço da carne suína e de uma queda no abate de porcos no leste europeu. O preço internacional das aves também registrou alta em meio a surtos de gripe aviária em alguns países.

Os derivados do leite aumentaram 2,6% em março e 23,6% a mais que em março de 2021.

Brasil, Argentina e África do Sul

Mesmo assim, a FAO vê melhores notícias para exportação de grãos duros em países como Argentina, Brasil e África do Sul.

A produção de arroz, milho e trigo deve subir com projeções de 2,7 milhões de toneladas para a utilização global de cereais em 2021 e 2022.

Os estoques de cereais também podem fechar este ano com um aumento de 2,4%, uma redução leve se comparada ao ano anterior.

A FAO baixou sua projeção para o mercado mundial de cereais no atual ano mercadológico para 469 milhões de toneladas, indicando a contração para o biênio anterior por causa da guerra na Ucrânia. 




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